O ano de 2008 passou, e em relação à economia brasileira, temos, pelo menos um pouco, a comemorar. A expectativa dos gestores econômicos de nosso país no final de 2007, era que no ano que se aproximara, o crescimento do PIB ficaria em torno de 4,2%, sendo esta marca alcançada e superado no patamar de um pouco mais de 5%. O que isso significou para nós? - números crescentes na geração de empregos formais e informais, mais renda para o povo. Claro que esses números poderiam ser bem melhores, e talvez teríamos fechado o ano com "chave de ouro", se não fosse essa mania de grandeza desenfreada e arrogante dos norte-americanos, em achar que são intransponíveis em relação a crises econômicas. Acabaram criando, por irresponsabilidade, essa crise que nos atrapalhou um pouco.
Essa crise vai nos deixar feridas para 2009 que demorarão, em certa medida, a cicatrizar. Os dados da PIM (Produção Industrial Mensal), segundo o IPEA, demonstra que em novembro/2008 houve uma redução de 6,7% em relaçao ao mês anterior, sendo o principal setor responsável por esses números a indústria automobilística, na qual teve um recuo de 28,6%, devido a falta de confiança dos bancos em estender crédito para compras. Os agronegócios também já estão sinalizando para uma queda de oferta de cerca de 30%, e tudo isso tem significativos reflexos no comércio e prestação de serviços. E, pra fechar, algumas agências de pesquisas econômicas, já estão sinalizando para um crescimento não superior para 2009 de apenas 3,2%. Reflexo da falta de fôlego necessário da economia que foi muito afetada pela crise, que nessas proporções, os investimento terão de médio a longo prazo, o tempo necessário para fazer a engrenagem voltar a funcionar.
Uma coisa podemos ter quase certeza: a inflação vai se manter em equilíbrio, não ultrapassando a casa dos 6 p.p, também por influência direta da crise. Não sei se é pra rir ou pra chorar...
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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