Estava a ler o blog da Renata Mielli (http://www.vermelho.org.br/blogs/renatamielli/) , quando, na sua última postagem, ela abria uma discussão a respeito do Senador demóstenes Torres - DEM, que em uma audiência pública no Supremo Tribunal Federal realizada para debater o sistema de cotas raciais na universidade, afirmava categoricamente que a culpa da escravidão era dos negros, isso logo na intrudução da discussão.
Achei também absurda essa idéia, que só reafirma a "mente atrasada e conservadora" de certos partidos que existem aqui no Brasil. Segundo ele, " África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América”. Chegou ao ponto de abrir aspas no seu discurso e afirmar que: “não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos, mas chegaram”.
Porém, indo mais a fundo no seu raciocínio, discordei quando minhas vistas chegaram ao parágrafo onde ela começou a discorrer sua opinião favorável ao sistema de cotas de negros nas universidades. Ora, o problema não é de quem teve um acesso melhor à educação, ou de quem teve, mesmo não sendo afrodescendente, mais vontade e coragem para estudar e MERECER adentrar em uma universidade pública.
Existe no nosso país, uma Constituição Federal em vigência, que éconsiderada uma das mais democráticas do mundo, onde um dos seus pricipais princípios lá exposto é a ISONOMIA, e pra mim, esse sistema é sim anticonstitucional, pois, todos, independente de cor, raça, classe social, idade, seja o que for, seguem a mesma regra quando vão prestar os vestibulares, as questões são as mesmas, o papel é o mesmo, a cadeira é a mesma e as chances são as mesmas. Quantos exemplos, milhões, existem aí sendo mostrados de pessoas que, mesmo estudando todo sau vida em escolas públicas e sendo afrodescendentes, passaram para cursos muito concorridos e em universidades públicas conceituadas?
O dever de mudar a situação não deve ser jogada nas costas de pessoas comuns que detêm o mesmo impeto de entrar uma universidade, mas sim do Estado, que deve melhorar a educação básica pública, investir mais, e acabar com esse câncer chamado PROUNI, onde se deixa de investir nas universiades públicas para se "fiananciar" o estudo nas particulares, ou seja, é dinheiro nosso indo para as mãos de milhonários exploradores da educação superior.
quinta-feira, 4 de março de 2010
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